Autor: Keitaro (que diferença vai fazer em saber meu nome?)
Devaneios
Olá tolo mortal que lê isto. Sinceramente, não se dê ao trabalho de ler o que este ser humano aqui escreve.
Vida, triste dom de viver. O que eu faço amigo? Pulo de uma ponte? Pulo de um prédio? Ou quem sabe, pulo avante um trem em movimento? Dúvidas cruéis meu amigo, dúvidas muito cruéis.
Sinto-me vazio, solitário. Sinto-me uma freira que perdeu a fé em seu santo, um padre que desistiu de sua vida sacerdotal, um sábio que ateou fogo em suas próprias anotações e livros, um gato que abusou de todas as suas sete vidas e também me sinto um bêbado que deixa a família com fome e usa o seu dinheiro para sustentar o vício que só corrompe a sua alma.
Sentiu como complicada é a cabeça deste escritor caro amigo? Minha vida se resume a uma taça vazia que ainda não foi cheio com o doce vinho da felicidade. Sempre que eu quero melhorar, acabo por maltratar meus amigos e deixá-los de lado, não dou valor aos outros seres humanos que tentam me animar em meio a tristeza, não divido meus problemas com eles e também não divido minhas alegrias, quando eu as tenho.
Em meios devaneios, sinto cada vez mais o mar destruindo a carranca de meu navio e destruindo a beleza dele. Já vi sereias, das mais lindas possíveis, mas perigosas e até voluptuosas.
Alguém me entende? Alguém consegue descobrir o que se passa nessa mente triste? Vão todos para o inferno, todos aqueles que julgam saber tudo sobre mim e de fato nada sabem! Só desejo eu o aconchego de minha casa e meu sofá, um cd de Jimi Hendrix e muitas senhoritas a me estapearem o rosto, só peço a Deus uma espada e um manual ensinando a usá-la.